sexta-feira, 20 de maio de 2011

A história das coisas

Introdução

A partir dos assuntos discutidos em sala de aula e de um vídeo, "A história das coisas", proposto por nossa professora, temos o material necessário para escrever sobre o capitalismo, um sistema linear sob domínio governamental e por isso, em crise.

Este é caracterizado a partir da chamada Economia de Materias, a qual é composta por estapas que interagem com o ambiente, a sociedade, a economia, a cultura, etc. A parte mais importante desse sistema é a presença das pessoas, que produzem, consumem e disperdiçam tais recursos. Eis agora cada estapa dessa economia, para que todos possam entender como o capitalismo funciona na sociedade atual.

Extração

Uma das partes citadas sobre o sistema capitalista no vídeo A História das Coisas é a extração.

Contidas no mesmo, existem críticas sobre a maneira na qual as grandes empresas capitalistas usam os recursos naturais de forma exagerada e incosequente. Segundo a ambientalista Annie Leonard, extração é só uma palavra chique usada para dizer destruindo o planeta. Nos últimos 30 anos, um terço dos recursos naturais do planeta já foram consumidos, o que se continuar acontecendo vai acabar com a capacidade das pessoas viverem nele. Um dos exemplos dados pela ambientalista, é o próprio país onde ela vive, os Estados Unidos da América, que já desmatou 96% de suas florestas originai e somente 60% da água ainda é potável. Os EUA além de já terem esgotado grande parte de seus recursos naturais, foi atrás de recursos nos países de terceiro mundo, pois apesar de só ter 5% da população mundial, consome 30% dos recursos do planeta e cria 30% do lixo gerado pelo mundo inteiro.

Se todos os países consumissem e produzissem de lixo a mesma quantidade dos EUA, seriam necessários de 3 a 5 planetas para suprir as necessidades desses mesmos países.

Restam apenas 20% das florestas originais da Terra, só na floresta amazônica, 2000 árvores são desmatadas por minutos,o equivalente a sete campos de futebol por minuto. Segundo as grandes corporações, os nativos não são donos dos recursos naturais de onde vivem, e são de nenhum valor para este sistema, já que não possuem ou compram muitas coisas.

Produção


Produção: Mais de 100.000 químicos sintéticos são usados no comercio hoje, isso é muito ruim para a saúde da população mundial, pois em quase tudo que é produzido são utilizado produtos químicos.

As pessoas que trabalham nas indústrias são as que sofrem mais com os efeitos desses produtos, pois tem contato direto, porem quem não trabalha também sofre com as conseqüências, por exemplo, o alimento que tem maior concentração de contaminantes tóxicos é o leite de peito humano, ou seja, os bebes que necessitam do alimento acabam sendo prejudicados, e quem é o culpado disso? As indústrias.

Os mais prejudicados por esses tóxicos químicos são as pessoas que trabalham nas indústrias, que tem contato direto, mas não pense que as pessoas que não trabalham em indústrias ficam ilesos com a contaminação, pois entra tóxico e saem toxico, não necessariamente como produtos, uma boa parte sai como poluição, e o que os Estados Unidos faz para não ter esse problema em seu país?

Manda as indústrias para outros países, mas com os ventos a poluição acaba voltando para os EUA.

É preciso ter mais cuidado com esses produtos tóxicos, pois eles acabam com a saúde da população mundial.


Distribuição


Essa parte do vídeo fala sobre a diferença entre custo e preço.

A narradora dá o exemplo: Ela queria comprar um pequeno rádio de US$ 4,99 em outra ocasião e se pergunta, como é possível que esse radinho custe apenas US$4,99? Provavelmente, o metal foi extraído na África do Sul, o petróleo do Iraque, o plástico na China e tudo isso montado junto por uma garota mexicana que não vê escola há um bom tempo. Isso sem contar o custo de transporte dessas coisas para diferentes lugares do Globo, ou o salário dos pilotos, do empregado da loja, ou do custo de manter uma loja.

Veja bem, hoje em dia, nada é extraído, fabricado ou montado no mesmo lugar, na verdade, os produtos que compramos nas lojas foram produzidos em uma dúzia de países diferentes.

Mas os donos das lojas acharam um jeito de manter os preços baixos, um fenômeno que ela chama de externalizar os custos.

Isso significa, basicamente, fazer com que todos os estágios da produção sejam os mais baratos possíveis.

Como você faz isso? Bem, para começar você pode desmatar toda a China sem se preocupar com reflorestamento. O preço já cai pela metade. Depois, pode construir uma fábrica na Indonésia onde há uma oferta gigante de mão de obra barata, ou seja, milhões de pessoas desesperadas por dinheiro que irão aceitar o primeiro emprego que surgir, independente das condições de trabalho que for oferecido. Esse tipo de corte financeiro surge em todos os estágios da produção.

O vídeo também critica a dominação dos países desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos,
esta crítica é vista durante todo o vídeo. Principalmente, na parte de distribuição, onde a narradora chama atenção para a exploração dos trabalhadores e dos recursos naturais.

Consumo

O consumo desenfreado que todos julgam ser consequência da nossa forma de vida é, na realidade, algo planejado: para equilibrar a economia após a Segunda Guerra Mundial, economistas se reuniram e idealizaram um sistema no qual comprar é o mais importante, é um modo de vida. Além disso, o consumo é tratado pela mídia como uma forma de satisfação do ego.

Para possibilitar o consumo contínuo de produtos industrializados, há dois importantes conceitos ligados à obsolescência: a obsolescência planejada e a percebida.

Na obsolescência planejada, produtos como máquinas de lavar são projetados para deixar de funcionar pouco tempo após a compra, obrigando os consumidores a comprar outro.

Na obsolescência percebida, os bens têm seus modelos atualizados todos os anos, tornando-se obsoletos, pois a tecnologia necessária é impossível de ser substituída sem trocar a máquina. A aparência do produto também é alterada, o que faz com que todos percebam se você não contribui para esse mecanismo. Afinal, não são os produtos que compramos: nós compramos a ideia.

O mercado consumidor foi criado apenas e somente para o benefício das indústrias produtoras, causando consequentemente a reposição de um mesmo produtos mais vezes do que o necessário.

O consumo desenfreado e desproporcional à vida da população é um dos muitos problemas criados por esse sistema que anteriormente salvou os países da crise.

Descarte

Uma das etapas do sistema linear retratadas no vídeo é o descarte, na qual o tratamento do lixo é o método mais eficiente para a economia de materiais. Cada americano produz 2 quilos de lixo por dia, isso é o dobro do que eles produziam a 30 anos, segundo Annie Leonard. Todo esse lixo é despejado no aterro sanitário ou ainda pior: ele primeiro é incinerado e depois despejado no local. As duas formas poluem o ar, o solo e a água sem esquecer que alteram o clima. Assim, confirma-se a ideia de que a incineração é realmente ruim, até porque além de queimar o lixo e liberar substâncias tóxicas que prejudicam o meio ambiente, produz ainda a dioxina que é a substância mais tóxica feita pelo homem. O simples fato de parar com a queima do lixo, acabaria com a fonte principal desta substância.

Algumas empresas não querem criar aterros e incineradores no país em que residem, por isso exportam os resíduos.

A narradora é a favor da reciclagem e segundo ela, essa maneira diminui em grande quantidade o lixo e também diminui a pressão para extrair novos produtos, mas só reciclar não é o suficiente porque o lixo que sai das nossas casas é apenas a ponta do problema e mesmo que seja reaproveitado em 100% ainda não seria suficiente. Além disso, muitos materiais não podem ser reciclados, por serem muito tóxicos ou por conterem
materiais de todos os tipos o que dificulta a separação e por consequencia o seu reaproveitamento.

Sistema fechado

A economia dos materiais é um sistema linear limitado,pois causa desde mudanças climáticas ao declínio da felicidade.

Uma das soluções é a reciclagem,que não é o suficiente,pois algumas embalagens não podem ser recicladas ou por conterem tóxicos demais ou porque foram desenhadas para não serem recicladas,como embalagens que apresentam camadass de papel,plástico e metal,não dando para separá-las;porém se cada um fizer a sua parte,a reciclagem ajuda e muito.

Felizmente,existem inúmeros pontos de intervenção,assim como projetos para reflorestamento,soluções alternativas como produção limpa,criação de novos direitos trabalhistas,comércio solidário,bloqueio de aterros e interdição de incineradores. Tudo isso é extremamente importante e necessário,entretanto,só haverá reais mudanças quando a
população enxergar todas as conexões e visualizar a situação como um todo. É preciso a união de todas as pessoas envolvidas para reivindicar e mudar esse sistema,transformando-o em algo novo que não desperdície recursos ou pessoas.

A economia dos materiais não surgiu simplesmente,ela foi criada pelo homem a partir de uma ideia. Então, para que haja uma mudança definitiva,é preciso elaborar, acreditar e lutar pela criação de um novo sistema baseando em sustentabilidade e equidade,no qual é utilizada química verde,lixo zero,produção de circuito fechado,energia renovável e economias vivas locais.

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