quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Robô desenvolvido no Japão 'cuida' de pessoas doentes

"21" serve pequenas refeições e dá apoio para quem não pode andar.
Mãos do robô têm textura humana e possuem 241 sensores cada.

Do G1, com informações do Jornal Hoje

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O que parece um personagem de guerra espacial é, na verdade, um enfermeiro eletrônico. O robô batizado de "21" foi desenvolvido por pesquisadores e alunos da Universidade Waseda em Tóquio, no Japão, para realizar tarefas que auxiliem na recuperação de doentes. Ele pode desde dar apoio a um paciente que não sabe andar, até servir pequenas refeições.

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Um dos principais avanços dessa pesquisa está nas mãos do robô. Elas são cobertas por um tipo especial de silicone, desenvolvido na universidade, que simula a textura da mão humana. Em cada um delas, há 241 sensores, para o robô saber a quantidade de força que precisa aplicar para pegar um objeto ou tocar em uma pessoa. Ainda não é como apertar a mão de um ser humano, mas isso é uma questão de tempo.

As imagens, feitas pelos pesquisadores, mostram outras habilidades. Abrir a geladeira e pegar o catchup, apanhar de forma precisa uma caneta jogada no chão. Ele também consegue pegar um canudinho, manipular com delicadeza entre os dedos e botar no copo de refrigerante.

O Professor Shigeki Sugano explica que uma das preocupações dos pesquisadores é aumentar a segurança, para que o robô não represente um risco para as pessoas de que está tomando conta.

Ainda não há previsão de quando "21" chegará ao mercado, disposto a ser algo de que se precisa muito quando doente: uma mão amiga.

Na Líbia, Nicolas Sarkozy pede a prisão de Muamar Kadafi

Presidente francês e o premiê britânico fazem 1ª visita ao novo governo do país

Nicolas Sarkozy e Mustafa Abdel Jalil participam de conferência em Trípoli

Nicolas Sarkozy e Mustafa Abdel Jalil participam de conferência em Trípoli (Suhaib Salem/Reuters)

O ex-ditador líbio Muamar Kadafi deve ser preso e responder judicialmente pelo derramamento de sangue na Líbia desde o início da revolta no país há exatos sete meses. A declaração é do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em visita ao país nesta quinta-feira - a primeira de um chefe de estado desde a queda do coronel e a tomada de poder pelos rebeldes. Sarkozy viajou acompanhado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e estendeu o pedido de detenção a todos os altos comandantes do regime de Kadafi.

Entenda o caso


  1. • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
  2. • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
  3. • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
  4. • A caçada pelo coronel continua. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá 'até a vitória ou a morte', os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar - vivo ou morto.

"O senhor Kadafi deve ser preso e todos aqueles que são acusados (de crimes) sob jurisdição internacional devem ser responsabilizados pelo que fizeram", destacou o presidente francês durante uma conferência ao lado de Cameron e do presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil. Sarkozy ainda fez um pedido a todas as nações, para que trabalhem em conjunto na busca pelo ex-ditador e seus aliados. "Isso ainda não acabou. Vamos ajudar vocês a encontrar Kadafi e trazê-lo à Justiça", enfatizou.

Ainda nesta quinta, Sarkozy e Cameron visitarão Bengasi, reduto rebelde desde o início das manifestações no país. "Estamos prontos para ajudar, mas queremos saber o que é que vocês mais querem fazer. Esse é o momento em que a primavera árabe poderia se tornar um verão árabe e veremos a democracia avançar em outros países também", declarou Cameron, cujo porta-voz anunciou o desbloqueio de mais de 600 milhões de libras (mais de 1,6 bilhão de reais) para auxiliar o CNT na reconstrução do país.

Segundo o premiê, a liberação dos bens congelados em função de resoluções da ONU é apenas o início. No mesmo discurso em Trípoli, ele anunciou que mais 12 bilhões de libras (32,3 bilhões de reais) em ativos líbios poderão ser entregues ao CNT. "Nós já liberamos 1 bilhão de libras em ativos e se pudermos aprovar a resolução da ONU que vamos apresentar com a França amanhã (sexta), há mais 12 bilhões de libras em ativos só na Grã-Bretanha que buscaremos descongelar", adiantou.

Apoio - A visita de Cameron e Sarkozy à Líbia é simbólica. Segundo Khaled Amre al Turyuman, secretário do CNT, trata-se da confirmação do apoio da França e da Grã-Bretanha ao povo líbio e à construção de um estado democrático. "Sarkozy tem o direito de ser o primeiro presidente do mundo a ser recebido na Líbia, porque, sem o papel da França, Bengasi e seu povo não poderiam ter levado a revolução a todo o país", destacou Turyuman, comentando que o objetivo da visita é prestar socorro para o cumprimento deste objetivo e assegurar a estabilidade da Líbia e da região. No entanto, advertiu que a Líbia não aceita nenhuma intromissão em sua política nacional.

Moradores de reduto de Gaddafi imploram por um ataque

PORTÃO NORTE DE BANI WALID, Líbia (Reuters) - Exaustos após semanas sem alimentação e água adequadas, refugiados de um dos últimos redutos de Muammar Gaddafi imploraram aos combatentes que apoiam os novos governantes da Líbia a resgatarem suas famílias presas dentro da cidade sitiada.

Um dos últimos focos nos sete meses de guerra na Líbia, a cidade de Bani Walid está sob cerco há duas semanas, com partidários de Gaddafi escondidos e resistindo bravamente ao avanço das tropas do governo interino.

Com cuidado para não alienar uma poderosa tribo local, as forças do governo provisório reunidas fora da cidade-oásis cessaram fogo esta semana para dar aos civis a chance de fugir antes de atacarem Bani Walid.

Um terreno difícil com traiçoeiras colinas e vales íngremes também manteve o avanço das tropas em cheque, com a maior parte dos atiradores de Gaddafi e seus lançadores de foguete concentrada em um terreno mais alto dentro da cidade.

Mais de um quarto dos cerca de 100 mil habitantes de Bani Walid já fugiram, mas os moradores disseram que muitas pessoas estavam presas porque os temidos milicianos de Gaddafi ameaçavam atirar em quem saísse de casa.

Alguns refugiados estavam furiosos com a falta de progresso.

'O que vocês estão esperando?' gritou Ramadan Karim depois de cruzar as linhas e parar em um posto de controle de combatentes anti-Gaddafi no norte da cidade.

Brandindo seu punho e se debruçando pela janela do carro, ele gritou aos soldados: 'Vão agora! Resgatem-nos! Nosso povo está preso lá dentro! É uma cidade fantasma! Já chega! Já chega!'

Com os soldados do Conselho Nacional de Transição(CNT) congelados em suas posições, alguns civis aproveitaram a calmaria na luta para alcançar seus parentes eles mesmos.

'Minha família está presa lá dentro', disse um homem, Sharef Saleh, enquanto dirigia para Bani Walid. 'Eu vou resgatá-los. Não tenho medo.'

Embora seus números estejam em algumas centenas, milicianos de Gaddafi estão resistindo mais bravamente do que se esperava, atacando as posições de seus inimigos com lança-foguetes e ameaçando civis via mensagens de rádio.

O novo Exército Nacional da Líbia, implantado pelo CNT de Trípoli e outras cidades grandes, está reforçando posições enquanto se prepara para um ataque em grande escala depois que tentativas anteriores de retomar a cidade, lideradas por combatentes locais menos experientes, fracassaram no início deste mês.

Os novos governantes da Líbia estão desesperados para evitar outra tentativa frustrada de retomar a cidade - um evento que poderia arruinar os esforços de Trípoli de colocar o país firmemente no caminho da reconstrução.


Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=30598551