Mas caso você não esteja muito informado sobre o assunto, vou explicar o básico.
Muamar Kadaffi está no poder desde 1969 e ele manteve um governo autoritário, ditatorial, anti-americano e que tratava os cidadãos da Líbia de forma desigual. Por desigual quero dizer que existem várias etnias na Líbia e que nem todas recebiam os mesmos direitos no governo dele por serem consideradas "inferiores".
Para o azar do Kadaffi, uma dessas etnias por acaso vive na fronteira da Líbia com o Egito, e, influenciados pela revolta egípcia começaram essa revolta contra o ditador líbio. A revolta virou uma guerra que já se estende por seis meses. (se você se interessou, leia isto)
Ontem porém, o chanceler líbio, Abdelati Obeidi, disse que a guerra terminou.

O ditador Muamar Kadaffi ainda está desaparecido e metade da Líbia está atrás da sua cabeça (e do prêmio em dinheiro que ofereceram por ela) a guerra continua, e a próxima eleição será só daqui a oito meses.
Agora, o presidente da França, Nicolas Sarcozy convocou uma conferência para discutir o que os outros países vão fazer com relação a Líbia, conferência para a qual o Brasil e o resto dos Brics também foram convidados.
Agora, você pergunta, qual o interesse da França em ajudar a Líbia? E o que o Brasil tem a ver com isso?
Acontece o seguinte, a Líbia é um país extremamente pobre, com nível de escolaridade entre a população muito baixo, muito religioso e cuja economia depende quase completamente do petróleo. O perigo de o país entrar em guerras civis sucessivas é muito grande e também é muito grande o perigo de Kadaffi ser substituído por outro ditador. E um país com tanto petróleo é muito precioso para ficar a mercê de guerras.