segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Teoria Evolucionista X Atitude Racista


Na 1ª metade do século XIX as grandes potências defendiam o sentimento nacionalista relacionando-o com a liberdade dos povos. A partir da 2ª metade do século, passaram a defender esse mesmo sentimento porém relacionando-o, por conveniencia, com a dominação e com o autoritarismo já que iniciaram práticas imperialistas sob a Africa e a Asia com o objetivo de expansão do capitalismo. Obviamente a população começou a não entender aquela contradição e seria necessário uma justificativa convincente. Nesse contexto de valorização científica, a teoria da evolução das espécies do britânico Charles Darwin que defendia a seleção natural (as espécies mais fortes e adaptadas sobrevivem) serviu de base para a criação de uma teoria social semelhante, chamada de Darwinismo Social.
O Darwinismo Social, então, propunha que a raça ariana era superior a todas as outras, e que as raças inferiores à ela, principalmente os negros, impediriam o progresso. Ou seja, para os evolucionistas do século XIX, “não existia” diversidade cultural, e com esse pensamento de completa exclusão social, foi se formando uma sociedade baseada na intolerância, no preconceito e na violência. Dessa forma, inevitavelmente, a nossa sociedade é extremamente marcada por um pensamento segregacionista, que ainda inferioriza as pessoas que fogem do padrão da raça, tida como superior, do homem branco cristão. Citaremos alguns casos em que determinados grupos são menosprezados e afetados pela prática dessa ideologia.
Por exemplo, o continente europeu  vive sob o impacto da globalização, de uma maior mobilidade internacional e forte fluxo migratório. O aumento da intolerância política, religiosa e étnica, bem como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e fora do espaço europeu, provocaram a saída de grandes contingentes populacionais de suas terras, refugiados que nem sempre foram bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco familiares. Tais ressentimentos têm sido agravados com os discursos de partidos políticos, designadamente os de extrema-direita, que não só deles se aproveitam para justificar períodos de maior vulnerabilidade econômico-social no seu próprio país, como ainda, através do nacionalismo exacerbado evidente em seus discursos, adicionam às ideologias já enraizadas, novas ondas de intolerância. Mas isso não ocorre só nesse âmbito da sociedade, há diversos outras formas e tipos de exclusão social, em relação a outros grupos sociais.
Os deficientes físicos são, também, fortemente afetados pela falta de acessibilidade aos locais e pelo pensamento darwinista ,que impõe a intolerencia e o preconceito, considerando- os incapacitados por não possuirem características iguais aos demais.Sendo parte de uma minoria na sociedade, eles são excluídos.E deste modo, os estabelecimentos de lazer, universidades, mercados, e afins não se capacitam com a implementação de rampas, elevadores, legendas com braile, estacionamentos com vagas especializadas para a inclusão do deficiente na sociedade.
A psicologia popular estabeleceu uma diferença crucial entre os sexos: os homens são mais rápidos no raciocínio matemático e espacial, já as mulheres são melhores com as palavras. Essa idéia se baseia em estatísticas, onde a média das mulheres é ligeiramente melhor que a dos homens em raciocínio verbal. Já a média masculina é ligeiramente melhor do que a feminina nos testes de habilidade espacial. Além disso, a mídia coloca a mulher como sendo sempre um objeto de sexualidade ou funcional dentro do conceito de dona de casa. Assim, a mulher é vista dentro do mercado de trabalho de forma desvalorizada em realção aos homens, ou seja, mulheres batalham o dobro para alcançar os mesmos cargos que os homens, e ainda recebem salarios, de até 20% de diferença. Fora isso, por ser colocada com o sexo frágil (ainda que seja cientificamente provado que elas são mais resistentes a dor, a sofrimento, e etc), esses antigas questões que discriminam os sexos tornam-se piadas e motivo de marketing, que muitas vezes incentivam o sentimento de superiorização do homem, e assim da violência contra a mulher.
no mundo da moda, a quantidade de modelos negras é bem inferior ao de modelos brancas. Para ser modelo, é preciso ter um biotipo bem específico, deve-se ter no mínimo 1,70m, 89 cm de quadril e 60 cm de cintura, e achar tantas mulheres com essas medidas não é fácil; e ao olhar as modelos das maiores agências do Brasil, vemos muitas negras, quase metade, porém, no desfile, não há quase nenhuma.O uso de modelos negras é tão pouco que foram criadas cotas para modelos negras de forma que as semanas de moda brasileira tenham 10% de casting (a seleção de modelos do desfile) negro. E esses números não fazem sentido, afinal a maior parte da população brasileira se considera negra e boa parte das marcas que desfilam no fashion rio exportam para Moçambique, Angola e África do sul, então, por que não usar modelos negras se existe mercado consumidor com esse perfil/tom de pele?
Através dos exemplos dados anteriormente, fica claro que ainda prevalece uma ideologia etnocentrista e preconceituosa na nossa sociedade e que são poucas as pessoas que conseguem ter uma descrição densa, ou seja, uma capacidade intelectual de olhar para o que é diferente de forma comum. 

Nomes: Bianca Bastos, Caroline Valdez, Giovana Vellani, Giulia Zanetta, Isabela Moreno, Marina Zonis.

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