Trabalho de história sociológica
Escolhemos esse tema porque, apesar de vivermos em uma sociedade moderna e teoricamente igualitária, ainda é um problema que afeta grande parte da população mundial. Além de ser algo atemporal, o machismo é uma clara expressão de desigualdade. É também uma espécie de darwinismo social, à medida que os homens se acham melhores do que as mulheres.
De acordo com o dicionário Priberan da língua portuguesa, machismo é uma ideologia segundo a qual o homem domina socialmente a mulher. Há em todo o mundo diversas formas de manifestação do Darwinismo Social, sendo o machismo uma das menos lembradas, mas que também demonstra extrema ignorância de quem o pratica.
A ideia de superioridade, seja ela racial ou de gênero, é a responsável por inúmeros massacres durante a história, como o assassinato de milhões de judeus durante a segunda guerra mundial, o genocídio em Ruanda entre outros. Atualmente milhares de mulheres são prejudicadas diariamente como consequência de um preconceito bobo.
Todos os dias é possível ver conteúdos sexistas, nos mais variados lugares (anúncios publicitários, blogues de humor na internet, jornais, revistas entre outros), os quais reafirmam a diferença entre os sexos e reprimem as mulheres.
A propaganda da Master Card diz: “há mulheres que você ganha com um olhar, algumas você ganha com um bom papo, existem aquelas que você ganha com um beijo, para todas as outras existe Master Card”
A vaidade é praticamente exigida da mulher, ela precisa estar sempre produzida, com pele, cabelo, roupas e maquiagem impecáveis, caso contrário ela será julgada como desleixada e reprovada socialmente. Além disso a sexualidade feminina é reprimida e elas são levadas a nutrir diversas encanações sobre o assunto e têm medo de ser chamadas de vadias.
Inúmeras letras de música rebaixam a mulher, como “Mulher é Foda” dos Hawainos: “mulher é um bagulho sinistro, te ranca dinheiro, te faz de otário...”.
A extrema expressão do machismo é a violência doméstica. No Brasil, 5 mulheres apanham a cada dois minutos, segundo dados de 2006. Nesse mesmo ano foi criada a Lei Maria da Penha, que protege as mulheres que sofrem abusos.
Valéria Dias da agência USP escreveu: “A visão que os agentes policiais (delegados e escrivães) têm do papel da mulher na sociedade interfere negativamente na interpretação e aplicação da Lei Maria da Penha. (...) Na visão desses agentes policiais, a agressão do homem pode se tornar ‘justificável’ quando o comportamento da mulher foge do padrão”.
Em sua pesquisa, Marilda de Oliveira Lemos entrevistou um agente policial que disse sobre a violência doméstica: “O marido trabalhou o dia todo, chegou cansado e queria um carinho da mulher, mas ela se recusou. Numa situação dessas, ele acaba estourando mesmo, é difícil pra ele se segurar”.
Do começo dos anos 60 até o início dos anos 80, durante a revolução sexual, a mulher começou a questionar o seu papel na sociedade. Ela conquistou seu espaço, ocupou novas funções. No entanto, ainda hoje sofre as consequências de anos de uma criação machista que a colocava na posição de dona de casa, dependente do pai ou do marido.
Desde pequenas a diferença entre sexos é cultivada pelos pais. Meninos ganham bola, estilingue e carrinhos de presente, enquanto as meninas ganham bonecas, panelinha e ferro de passar de brinquedo.
As mulheres continuam lutando contra a discriminação afinal, ainda hoje ganham menos que homens para exercer a mesma função e são alvos de piadas. É importante lembrar que o machista se revela possuidor de crenças desiguais e primitivas. Qualquer tipo de pensamento dominador, que se diz superior é, na verdade, um pensamento retrógrado.
Todavia, é necessário esclarecer que não somos feministas, apenas defendemos um posto de vista igualitário, sem privilégios. Homens e mulheres devem ter os mesmos direitos e deveres.
(Ana Lais, Beatriz Guedes, Carolina, Luisa, Renata e Sara)
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